AS MIGALHAS DA PAZ
O caminho para a Paz implica num combate. Contra o ego.
E para que o combate se estabeleça é preciso reconhecer o
alvo.
Eis o problema, porque você pode olhar o alvo, ver o alvo,
observar o alvo, acenar e dialogar com ele, mas reconhecê-lo é tarefa da
maturidade do espírito.
O reconhecimento implica na humildade e lá onde a hipocrisia
habita, ela não sobrevive.
A humildade não respira na aparência, esta é cria da
vaidade. E a vaidade luta para deixar a todos sub judice.
Uma vez que o reconhecimento é tão difícil, a Paz vive se
alimentando de migalhas.
Para que a plenitude da Paz se estabeleça, é necessário a
criação de uma “utopia da Paz”. Esta exigiria seres perfeitos, maduros, iluminados por uma
luz tão forte que os impedisse de sucumbir ao ego.
Assim, temos à nossa frente “o caminho para a Paz” e a
“plenitude da Paz”. O primeiro é árduo e penitente, exigindo diariamente esforço
e luta contra si próprio. O segundo, desenha uma paisagem no Empíreo, inalcançável
nesta jornada terrena, mas, possibilitando que se construa um sonho em torno
dele, e quiçá, uma pequena porta de entrada para o seu esconderijo.
Jul Leardini
Embaixador da Paz pelo Cercle Universel des Ambasssadeurs de
La Paix – Suisse-France
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